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Medo

Medo. Medo do novo, do desconhecido. Medo do cotidiano ser sempre cotidiano. Medo de ser sempre quem se é. Medo de crescer. Ou de crescer demais, de não caber. Medo de ficar sozinho. Medo de sair de casa. Medo de ver o mundo. Medo de voltar para casa. Medo de não voltar para casa. 

 

Medo. A palavra que te faz ficar, que te impede. Medo. A palavra que te faz fugir, que te esconde.  

O medo que o covarde exibe e o que o corajoso esconde atrás de um sorriso serão os mesmos? E o medo de sentir medo, ele restringe também? Medo de ser restringido pelo medo.  

Ridículo, insano, covarde, medo. O culpado das decisões erradas, o culpado das batalhas não lutadas, da falta de cicatrizes, lembranças, méritos, conquistas. Medo, o mesmo que protege das asperezas da vida, das situações difíceis, dos perigos. 

 

Medo: aquele que te salva. Aquele que esconde no fundo do seu coração duas palavras marcadas a fogo, uma  pergunta: "E se?" 

 

Virar à direita por medo da esquerda ou à esquerda por medo dessas duas palavrinhas? Medo de se restringir pelo medo também vale? 

 

Medo. Medo do medo. Medo do medo do medo. Não existe resposta certa, não existe coragem. Existe apenas sanidade e insanidade. Medo racional, medo irracional. Balança. O que vale mais? Mas quem consegue ser imparcial com medo? Até sem, não há imparcialidade. Há humanidade, afinidade. Sentimentos mais fortes ou mais fracos. A resposta racional é a mais cômoda ou a mais segura? Quem não se arrisca é racional ou medíocre? Medo de estar errado, de fazer errado. Medo de escolher. Medo de não escolher.

  

Insano pensar no medo como a forma de manifestação de todas as nossas decisões, medonho. 

 

Tenho medo de mais de ter minha liberdade tangida pelo medo para ter medo.  

Parabéns! Sua mensagem foi recebida.

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