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E se a culpa de todas as coisas boas que eu fiz fossem minhas?  

 

Em analise rasa você pode pensar que isso seria maravilhoso, mas instintivamente é provável que  tenha dificuldade em admitir suas qualidades ou aceitar elogios.  

 

O cérebro humano tem o péssimo hábito de procurar padrões e esperar que eles sejam incondicionalmente seguidos, esse costume aplicado à interações sociais cria algo chamado expectativa. Esse fenômeno tem também como consequência a formação de hábitos, padrões e zonas de conforto (coisas absolutamente necessárias em grande parte do tempo, diga-se de passagem).  

 

Você deve estar se perguntando "tá, mas o que isso tem a ver com a pergunta ali em cima?". A relação reside no fato de que somos seres sociáveis, e como tais, temos um insaciável desejo de agradar àqueles que nos cercam. Normalmente o caminho mais rápido e eficiente para agradar é justamente se instalar na zona de conforto, corresponder precisamente às expectativas. Daí a dificuldade em assumir as próprias qualidades: é muito complicado manter um padrão condizente com altas expectativas; estaríamos fadando nós mesmos ao fracasso.   

 

Sinceramente, eu não vejo o mal de sentirmo-nos socialmente obrigados a dar o melhor de nós mesmos. É claro, o motivo não é dos ideais, muito melhor seria se sentíssemos a necessidade de darmos o nosso melhor por nós próprios, mas um incentivo pode ser proveitoso. 

 

Obviamente dá menos trabalho se  contentar com a mediocridade e surpreender positivamente de vez em quando, mas com certeza os melhores resultados vem de quem dá a melhor face em tempo integral. 

 

Portanto que tal aceitar um elogio de vez em quando? Que tal elevar os padrões? Aceitar altas (e condizentes) expectativas para as coisas que sabemos fazer melhor? 

Se a culpa de todas as coisas boas que eu fiz fossem minhas, provavelmente hoje eu seria um pouco melhor. 

Parabéns! Sua mensagem foi recebida.

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